sexta-feira, 1 de outubro de 2010

ELEPHANT - o filme.

O tema do filme, baseado em fatos reais, é a violência na escola.

      Um dia aparentemente comum na vida de um grupo de adolescentes, todos estudantes de uma escola secundária de Portland, no estado de Oregon, interior dos Estados Unidos. Enquanto a maior parte está engajada em atividades cotidianas, dois alunos esperam, em casa, a chegada de uma metralhadora semi-automática, com altíssima precisão e poder de fogo. Munidos de um arsenal de outras armas que vinham colecionando, os dois partem para a escola, onde serão protagonistas de uma grande tragédia.

Plateia: o que fazer para impedir que aconteça

      Quem está na plateia sabe de toda a história. Conhece a pessoa que sofre de bullying, a que apavora a outra e os motivos disso. Pode até dar risada da tiração de sarro. Mas, no fundo, tem dó da vítima porque se coloca no lugar dela. Só que morre de medo de ser a próxima a ter um alvo nas costas e, por isso, prefere não fazer nada. A atitude parece esperta! Só que as testemunhas têm um papel decisivo para que a zoação maldosa não aconteça mais na escola. Justamente por ser a pessoa menos envolvida, é ela que deveria ter mais coragem de dizer a uma pessoa que comete bullying o quanto ela é mala e dar um chega pra lá para que ela pare. Acredite: ao atirar a primeira pedra, quem faz parte da plateia vai ganhar a simpatia de um monte de gente, que estará ao lado dela caso passe a ser a vítima de bullying. Anonimamente, também vale denunciar o que rola para um coordenador ou professor (e cobrar que uma atitude seja tomada!).

Agressor: o que fazer para não agredir mais

     O bullying começa de um jeito simples: uma piadinha, uma brincadeira com a pessoa da turma que tem alguma diferença. O agressor quer chamar atenção, nem que, para isso, tivesse que ridicularizar outra pessoa. Vale a pena: a galera sempre acha engraçado! Segundo especialistas, os autores de bullying normalmente são pessoas sem noção de limites. Por isso, acham que não há nada de errado em tirar sarro dos outros. Ao fazer isso, o agressor prejudica a si mesmo. Além de correr o risco de ficar sem amigos (quem se arriscaria a ficar perto dele?), está tão preocupado em praticar o bullying que não presta atenção em suas notas (e pode acabar repetindo de ano). Se não entender a gravidade do que anda fazendo, vai ter problemas quando adulto. Afinal, é fácil controlar e mandar na galera da escola, mas não será sempre assim. Use sua capacidade de liderança para fazer algo legal para seus colegas e pela escola.

A vítima: o que fazer para deixar de sofrer

      A vítima é zoada por causa do seu comportamento ou por algo em sua aparência. Costuma ser uma pessoa com baixa autoestima. Mesmo que disfarce, parece ter escrito na testa: "Tirem sarro de mim. Não vou revidar!" A solução do problema começa na própria pessoa. Ela é zoada por que não é descolada? Está fora do padrão? É importante se questionar se tal "problema" a incomoda. Se perceber que não, a insegurança vai diminuir. Agora, se o motivo de ser zoada a irrita, deve encará-lo com a ajuda dos pais e até de psicólogos. Mudanças físicas - como operar orelhas de abano - são até mais simples de serem resolvidas. Mas, com empenho, rola vencer problemas como timidez e complexo de inferioridade. Na escola, a vítima deve procurar o coordenador e contar como se sente. Se quiser, pode chamar outra vítima de bullying para ir junto. Trata-se de um problema da escola e a solução jamais é expor a vítima.